domingo, 19 de outubro de 2008

o que fazer?

Nossa...
Domingo ruim demais
Sem sol, sem clube, sem filme bom na tv, completamente sem companhia
Sozinho
Difícil me aguentar o dia inteiro
Melhor:
vou sair pra correr
vou sair pra comer
vou sair pra ver gente
vou sair pra quê?
querendo me encontrar talvez , não numa esquina, mas com uma turma de gente bonita, ou numa roda de pagode do boteco da rua de cima, ou com uma morena cheirosa sentado na praça ... preguiça
querendo é ficar sozinho mesmo, pelo menos hoje
querendo tomar decisões
querendo brigar com quem merece, perdoar quem merece, abraçar quem não devo, beijar quem já devia ter beijado
Amanhã
Segunda
Hoje vou ficar sozinho!!!

terça-feira, 14 de outubro de 2008

quem precisa disso?

Joguei tudo fora............
..........papel, cadernos, livros, uma vela, um sapato, minha alma e meu coração.
Não sei porque fiz isso, deu vontade.
O papel nem serve mais; meus pensamentos vão embora depressa, nem dá pra registrar.
Mas com o caderno é diferente: as lembranças que haviam em cada orelha de cada folha faziam com que cada segundo que passava me trouxesse um arrependimento do que não fiz, e uma amargura de mim mesmo, por ter feito qualquer outra coisa.
Quanto aos livros, deixei de acreditar no que eles dizem há muito tempo ... (matar em nome de Deus não é crença, é "burrência").
Com a vela foi diferente, ela me incomodava, me deixava tenso ... o cheiro, a fumaça, o fim eminente ... será que a ignorância do fogo em não ver o fim da vela resume a nossa passagem pela terra? nem sei..
Aí , da vela pro sapato foi rápido: simplesmente desisti da caminha.
Com isso a alma foi embora.
Mas meu coração não joguei fora, dei pra outra pessoa, achando que iria ganhar de novo tudo o que perdi.
Ainda não sei se vou ganhar tudo isso, mas a espera me trouxe esperança ...

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Rotina?????

Engraçado esse negócio de viver... o ar entra, o ar sai, o coração bate, o corpo fala, conversa; e todo dia a mesma coisa, mas sempre diferente.
Felizes são os animais, pois seus dias são realmente iguais. Talvez a diferença seja só em escolher o que comer ou saber em qual época está (seja primavera, inverno, reprodução, seca).


E nós humanos? um simples olhar faz com que perdamos completamente o domínio da situação, e isso em todos os sentidos: o ar não entra, o coração acelera, as pupilas então...nó... e o calor que sobe; fora tantas outras coisas. É como um bando de cavalos selvagens, não dá pra segurar.


Talvez você queira achar que tudo é sempre igual, até estas loucas emoções; como se sua vida seguisse a programação semanal de um canal de tv, como se você fosse escravo da rotina. Mas será que você como todo dia a mesma coisa? vê sempre as mesmas pessoas? assiste sempre o mesmo capítulo de novela? se emociona todo dia com o mesmo olhar?

Não sei ... será que a rotina existe mesmo? alguém a viu? sabe o que ela come? onde mora?

Se depois de tudo isso, você ainda acredita que ela existe (como papai-noel e político honesto) vou tentar te convencer:

-trabalhar todo dia não é rotina, é necessidade;
-dormir todo dia não é rotina, é prêmio;
-acordar todo dia não é rotina, é bênção;
-comer todo dia a mesma coisa não é rotina, é ritual;
-comer todo dia uma coisa diferente não é rotina, é celebração;
-ver todo dia pessoas diferentes não é rotina, é humanidade;
-ver todo dia a mesma pessoa, é paixão;
-brigar todo dia não é rotina, é cuidado;
-querer estar sempre no mesmo lugar não é rotina, é medo;
-estar sempre com a mesma pessoa não é rotina, é amor.

Definitivamente, rotina não existe!

sábado, 9 de agosto de 2008

Tempo de laranjas......


Durante todas estas semanas que fiquei sem postar algo, me senti meio laranja....
Vou explicar:
Sabe, você tem o vermelho e o amarelo. Até aí tudo bem.
O amarelo nos lembra o sol, a gema do ovo, ouro, riqueza, a dente-de-leão (engraçado - só coisas materiais)..... mas o vermelho é diferente: é paixão, emoção, morango com espumante, batom na boca, ferida aberta, coração, sangue ..... toca mais né!
Mas o laranja?
Estranho né. É fruta, mas não é manga nem pêssego. É o otário que é usado pra corrupção. É o vermelho + amarelo (mas é mais amarelo que vermelho). Dizem que faz bem, mas em excesso faz mal. Ninguém tem coragem de sair nesse tom (vai que acham que você varre as ruas).
Pois então: quem sou eu? Vermelho, amarelo ou laranja?
E o que sai de mim: emoção, razão ou ilusão.
Tomara que eu descubra ( e você também). E se achar a resposta antes de mim avise......
Não quero ficar "alaranjado"!!!!!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

SOBRE MUROS E PONTES

De repente você se vê numa situação, ou acontecimento, em que o futuro - o que irá acontecer depois - depende única e exclusivamente de você. E agora? Nessa hora tudo pode acontecer: ficar paralisado, histérico, nervoso, ou ainda, ter uma crise de risos. Você pode reagir de forma instintiva ou racional, mas em qualquer uma delas, o que apontará sua escolha será sua história de vida.

Você já parou pra pensar de que maneira você lida com seu sofrimento? e com os problemas dos outros? como é sua relação com os outros? que papéis você assume? e como você se percebe? qual sua relação com o que você goza? Diante de todas estas perguntas estão todos os nossos problemas, desde os menores até os graves como a depressão, paranóia, solidão, câncer, doenças, entre tantos outros.

Como psicólogo que sou, pergunto a você: ao que você se dá o direito de SER, TER, FAZER, QUERER e SENTIR? Compomos pedaços da nossa história a todo momento. Nossos desejos passam por estas construções (o que nos damos o direito).

Agora, se você não se dá o direito, seja por qualquer um dos aspectos, você não pode fazer as coisas acontecerem. Mas se você faz, você mesmo tem que se punir. Essa forma de funcionamento psíquico não é intencional, nem mesmo é consciente. A própria pessoa faz algo para tirar aquilo que ela não se dá o direito.

As influências e referências que delimitam nossos desejos e os direitos que aceitamos, são a nossa história de vida. Cabe a nós optar por uma mudança de posição, ou melhor, mudar nossa forma de reagir ao que nos acontece, para quem sabe romper barreiras que aparecem ou que construímos para nós mesmos, pois estamos cada vez mais perto uns dos outros mas cada vez mais sozinhos.

Quem sabe assim paramos de construir muros e começamos a fazer pontes?

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Paixão


No meio de tanta gente, é estranho como elegemos alguém para ser nosso objeto de desejo. Claro que sei que durante nossa vida elegemos vários, e para várias coisas também.
Mas hoje estou falando daquele alguém que nos faz perder o sono; que faz a gente querer telefonar só pra ouvir a voz, ou só pra contar o que você fez no almoço. Isso mexe com todos nós, pois todos estamos apaixonados ou estamos querendo ficar...
Mas pelo que as pessoas se apaixonam? o que uma pessoa tem, ou faz, que a torna um ser apaixonante? e o que é apaixonante em você? Nem sempre a resposta é fácil, ainda mas quando, tantas vezes, nos apaixonamos pela pessoa errada.
Algumas coisas nos direcionam para compreender melhor esse pré-amor. Vou batizá-las aqui de aspectos Psico-funcionais da paixão.
Quando é um homem, ele não foge muito da questão dos instintos naturais. Por exemplo, o macho com a maior juba, com maior território ou o mais colorido, consegue acasalar com mais fêmeas (lembrou de alguém ). Com os humanos é a mesma coisa. A possibilidade do sentimento de vitória e posse, no que se refere a mulher desejada, delimitam o olhar do homem na escolha do seu objeto de desejo. O que ele teve que fazer para conquistar sua parceira o mantém no relacionamento, como um sentimento de aquisição.
Já a mulher funciona diferente. Como na natureza, a fêmea pensa no que ela será, e terá, com aquele macho (seja segurança ou alimento). Nos humanos, a mulher leva em consideração quem ela será ao lado de tal pessoa. Quem ela é (qual o seu papel) no relacionamento, quem ela é com ele; tudo isso a fazem optar por um ou outro homem. O modo dela funcionar, e se mostrar, quando está com ele, a fazem investir no relacionamento , ou não.
Mas se fosse simples assim nem eu estaria sozinho. Mas sempre há maneiras de facilitar a possibilidade de algo bom e verdadeiro acontecer com você. Tudo é uma questão de política, estratégia e tática. Mas isso é assunto pra outro texto. Mas pra começar: tome um banho!!!



segunda-feira, 19 de maio de 2008

Mudar ou não mudar: eis a questão.....

Falar de mudança é tão estranho. É tão estranho que essa m... de palavra, dependendo de quem, com quem e pra quê, pode significar e falar tanta coisa.
Mudança pode ser uma simples facilidade de adaptação ao que nos é apresentado de forma tranquila ou inesperada. Claro que você já deve ter feito algo completamente diferente do que você faz, simplesmente para reagir a algum comentário ou situação. Mas também, tem gente que sempre "muda" pra mesma coisa...
Você já tentou escovar seus dentes com a outra mão? já tentou passar por uma rua diferente? já tentou por o carro na garagem pelo outro lado? já tentou mudar a cama, o sofá, o guarda -roupa de lugar? Mudança voluntária não é tão simples como parece...querer mudar é uma coisa, mudar mesmo é outra. Nossa, e as vezes dói...
Mudança pode ser, também, uma forma de estimular seu cérebro, para criar novas conexões entre seus neurônios (criando novas sinapses), o que te deixará mais inteligente, com mais memória e com uma maior facilidade de adaptação. E lá vem a adaptação de novo....
As vezes, mudar o olhar muda a paisagem. Talvez mudar seja mais que uma escolha. Talvez seja um processo interno... uma busca por novas significações , a respeito das coisas e de nós mesmos.
Por exemplo: o clima muda, o dia vira noite (mesmo que todo dia), as coisas crescem e morrem, nascem outras, a moda muda, a novela muda, até o BBB muda ... mas as vezes, pra nós, continua tudo a mesma coisa...
Seja por necessidade ou por escolha, a palavra final sobre como mudar é sempre de quem muda. Possibilidades e consequências são inúmeras, mas tudo irá depender do que você se dá o direito de ter, de ser e de sentir.
Ainda bem que temos o livre arbítrio ...